ANDRÉ LUIZ MAZZAROPI
Os filmes que fiz com Mazzaropi.
Quando conheci AMÁCIO MAZZAROPI em 1.968, em Taubaté-SP, tinha eu apenas 11 anos e o nome de André Luiz de Toledo, o primeiro pedido que fiz a ele foi que eu queria ser ARTISTA e ele me disse para eu antes de ser artista eu deveria estudar e assim eu fiz, quando já tinha 17 anos o MAZZA pediu ao Geraldo Magela, irmão da minha esposa Neusa Maria, para me chamar que era para que eu pudesse cuidar dele pois ele estava muito doente e queria eu por perto; Assim eu fiz, foram 02 (dois) anos a beira de sua cama , hospital, remédios, exames, longo tempo de tratamento e em fim o MAZZA recuperado me leva para o cinema exatamente para protagonizar o meu primeiro filme como seu filho; Minha falta de experiencia como ator fez com que MAZZA tivesse que escolher outro ator para me ajudar e executar um papel que eu nunca havia feito, ator de cinema e para o filme JECÃO...UM FOFOQUEIRO NO CÉU escolhemos PAULO CASTELLI para este papel pois o mesmo alem de ser filho de uma famosa atriz da época MARIA LUIZA CASTELLI era um ator que já fazia teatro e assim produzimos o filme.
Como fui eu que ajudei o MAZZA a escrever o filme, tambem fui eu que escolheu o titulo do filme, pois o MAZZA adorava uma fofoca, pedia sempre que se alguem tivesse algum segredo, nunca contasse para ele e dizia eu a ele em tom de brincadeira que se ele tivesse morrido daquela doença que tanto o fez sofrer nós teriamos um JECA fofoqueiro no CÈU. Ai nasceu o titulo do filme. Estudio novo pronto e lá fomos para a produção do filme.
JECÃO...UM FOFOQUEIRO NO CÉU.
Ano seguinte 1.978, fazíamos uma viagem a CAMPOS DO JORDÃO-SP para darmos continuidade ao tratamento de saúde do MAZZA e numa dessas manhã no HOTEL VILA INGLESA, quando chegou de São Paulo PEDRO FRANCELINO DE SOUZA: o Pedro preto, um dos filho de criação do MAZZA, Pedro aos 17 anos foi trazido de IBITINGA-SP quando MAZZAROPI realizava um show de CIRCO em sua cidade e Pedro pediu a ele para vir morar com ele em SÃO PAULO pois lá não teria futuro algum e MAZZAROPI após autorização de seus pais do trouxe Pedro para morar e viver sem sua casa, primeiro foi copeiro, cozinheiro, auxiliar de escritório e por ultimo gerente financeiro da PAM FILMES, cuidava do faturamento dos filmes da PAM FILMES - Produções Amácio Mazzaropi; Mazza brincou com Pedro que se ele fosse filho de verdade do Mazza como se explicaria nascer um filho preto em uma família branca, dai nasceu a historia que deu origem ao roteiro do filme, durante duas semanas em Campos do Jordão-SP escrevemos o filme e ai nasceu o roteiro e demos inicio a produção do filme .
JECA E SEU FILHO PRETO
Em 1.979 quando retornava de BUENOS AIRES, Argentina, de carro e paramos para dormir numa noite fria na cidade de SANTANA DO LIVRAMENTO- RS, ao passar pela Praça da cidade havia uma Banda no coreto da cidade que tocava todos vestidos de branco e o MAZZA me perguntou, por que estão de branco, será que são todos virgens e caiu na gargalhada, na manhã seguinte MAZZA me disse, tive uma grande idéia para fazermos nosso proximo filme é só chegar em Taubaté, vamos visitar uma amigas que eu tenho lá naque teatrinho que tem atrás da faculdade de filosofia, era o CIRCULO OPERÁRIO, Tive a honra de ter ajudado Amácio Mazzaropi a escrever este filme, entre tantas coisas bôas sobre o filme relembro ele me contar seu inicio de carreira, aos 27 anos morava em São Paulo e vinha a Taubaté, terra de sua mãe Clara Ferreira Mazzaropi e onde tinha seu Tio JOÂO FERREIRA o maior apoiador de sua carreira, Já como JECA apresentava se ele em TAUBATÉ-SP no Circulo Operário, que ficava na Rua Dr. Souza Alves, atrás da Faculdade de Filosofia e lá tinha umas velhas que ministravam o curso de corte e costureira, isto em 1.940, ele sempre recorria a elas para remendar suas roupas de show e ele em agradecimento a ajuda delas dizia sempre que um dia ia montar uma banda só com as velhas, pois dizia ele que elas eram virgens; 37 anos depois, Em 1.979 estive eu com Mazzaropi lá no Circulo Operário e ele lá reencontrou algumas das velhas que sobreviveram ao tempo e continuava lá, ele já grande sucesso brasileiro de cinema ás convidou para participar do filme e formar a BANDA DAS VELHAS VIRGENS; e elas toparam, ai nasceu o filme.
A BANDA DAS VELHAS VIRGENS
Era começo de 1.980 e o MAZZA já muito doente vinha de São Paulo para Taubaté e na entrada da cidade paramos no Posto da Mangueira, posto de gasolina na entrada de Taubaté na Avenida de acesso ao Estudio Novo, hoje Hotel Fazenda Mazzaropi, quando veio até o carro cumprimentar o MAZZA um jovem rapaz negro chamado de GERALDO, disse o rapaz ao MAZZA que ele era conhecido como GERALDÃO o MACUMBEIRO e que queria fazer umas macumbas para curar o MAZZA. MAZZA muito gozador disse ao rapaz voçê quer só tomar o meu dinheiro, se macumba desse resultado o campeonato baiano terminava empatado, e todos deram muita risada. Passado três ou quatro dias o MAZZA me mandou ir atrás do tal GERALDÃO que morava no Parque 3 Marias que ficava perto do Estudio Novo e o trouxesse até ele, eu fiquei espantado e disse ao MAZZA que não iria pois o cara ia só tomar dinheiro dele, ele deu risada e disse que nada, não vou fazer macumba com ele, mais vou fazer um filme gozando a MACUMBA dele, O rapaz veio ate ele de deu diversas dicas e ele começou a escrever o que seria seu ultimo filme. Há a égua não era égua era um pequeno cavalo.
O JECA E A ÉGUA MILAGROSA
Claro que em cada um destes meus quatro filmes que fiz com MAZAROPI tem muito, mais, muito mais historias para contar, porem outras oportunidades deveram aparacer para eu contar cada uma delas, deixo aqui uma bôa lembrança dos meu tempos com Amácio Mazzaropi a quem eu adotei como meu
pai de criação.
O último filme do Mazzaropi que chamaria Maria Tomba Homem teria chance de ser produzido?
ResponderExcluirTô amando assistir os filmes através TV E, é gostoso demais! 🙏👏👏👏👏
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